quarta-feira, dezembro 28, 2005

As garotas só querem se divertir

Há algum tempo estou pensando em postar letras de músicas que acho legais. A de hoje é magnífica, aquela que não pode faltar em festas. Primeiro porque eu adoro a Cyndi Lauper e segundo porque.... Ahhh, deixe que a própria fale:
.
Girls Just Wanna Have Fun
(Mentira, elas querem muito mais que isso...)
.
I come home in the morning light,
My mother says "When you gonna live your life right?"
Oh,mother,dear,We're not the fortunate ones,
And girls,They wanna have fu-un.
Oh,girls,Just wanna have fun.
.
The phone rings in the middle of the night,
My father yells "What you gonna do with your life?"
Oh,daddy,dear,
You know you're still number one,
But girls,They wanna have fu-un,
Oh,girls,just wanna have
.
That's all they really want
.....Some fun....
When the working day is done,
Oh,girls,They wanna have fu-un,
Oh,girls,Just wanna have fun....
.
Girls,They want,
Wanna have fun.Girls,
Wanna have
.
Some boys take a beautiful girl,
And hide her away from the rest of the world.
I wanna be the one to walk in the sun.
Oh,girls,They wanna have fu-un.
Oh,girls,Just wanna have
.
That's all they really want
.....Some fun....
When the working day is done,
Oh,girls,They wanna have fu-un.
Oh,girls,Just wanna have fun...
.
Girls,They want,
Wanna have fun.Girls,
Wanna have.
.
They just wanna,They just wanna.....
They just wanna,(Oh....)
They just wanna.....(Girls just wanna have fun...)
Oh...Girls just wanna have fu-un...
They just wanna,They just wanna....
They just wanna,They just wanna....(Oh...)
They just wanna...(They just wanna have fun...)
Girls just wanna have fu-un...
.
When the workin',
When the working day is done.
Oh,when the working day is done,Oh,girls...
Girls,Just wanna have fu-un...
.
O palha é que quando fui colar mexeu na pontuação e estou com preguiça de dar espaços depois das vírgulas, mas a idéia tá aí. Ah, uma única coisa que eu não concordo na letra é: "oh, daddy dear, you now you're still number one". No, you're not, motherfucher!

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Hipocrisia

Seja Crític@, disse a professora de geografia na oitava série,
mas critique aquilo que eu considerar criticável, me disse o mundo.

Não acredite em tudo sem antes questionar, me disse a vida,
mas, por favor, não questione a verdade, me disse o mundo.

Reveja seus conceitos, me disse a propaganda,
os de moda e consumo, me disse o mundo.

Você é lind@ de qualquer jeito,
desde que não engorde, seja branc@ e se vista bem – para não esconder sua “beleza”, me disse o mundo.

Busque a verdade,
mas a minha verdade, me disse o mundo.

Você é um ser humano, me disse a vida,
Exceto pelo fato de ser mulher, me disse o mundo.

Respeite a diversidade, me disse a moral,
mas não tente entendê-la, me disse o mundo.

Tenha uma opinião formada, me disse alguém,
mas se não concordar com a minha, guarde ela para você, porque não quero ser convencido, me disse o mundo.

Você é livre para pensar, me disse @ filósof@,
só para pensar, me disse o mundo.

Você é livre para amar, me disse a novela,
mas apenas uma pessoa, só se for para sempre e acabar em casamento - e automaticamente em uma família. Esse amor, também, só vale se ocorrer entre pessoas de sexos diferentes que estejam dispostas a se tornar uma entidade simbiótica abençoada por Deus.

Você é mulher, me disse a vida,
então você é mãe, me disse o mundo.

Lute pelos seus direitos, me disse @s
esperanços@s,
mas deixe que minha religião legisle e aprove suas atitudes, me disse o mundo.

Ame a vida, me disseram @s “
bo@s”,
a sua, a de seus próximos, as dos fetos de todas as mulheres que tiveram de abortá-los e de ninguém mais, me disse o mundo.

Mude!
os móveis de lugar e a cor do seu cabelo, me disse o mundo.

Mude!
mas não subverta e não desconstrua, me disse o mundo.
Aliás, subverta, disse o mundo, faça uma tatuagem.

Mundo! Vá tomar no cú, disse eu.
Dedico esse desabafo pra Jas e pro Pedro.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Mais sobre aquele programa homofóbico de televisão

Vou colar a notícia. Espero que haja alguém interessad@ ou que conheça alguém com algum material.
" Como muitos de vocês já sabem, a Justiça brasileira determinou a interrupção do programa Tarde Quente, do apresentador João Kléber, veiculado diariamente pela Rede TV!. O programa exibia "pegadinhas" que humilhavam pessoas e reforçavam o preconceito contra homossexuais.
Após a emissora descumprir a determinação judicial que ordenava a exibição de programas de direitos humanos no mesmo espaço ocupado pelo apresentador, a Justiça ordenou a interrupção do sinal da emissora, pelo prazo de 48 horas. A medida foi cumprida na noite do dia 14 de novembro. No dia seguinte, a emissora se dispôs a negociar com os Autores da ação para conseguir o retorno das suas transmissões.
Celebramos, então, acordo judicial histórico, pelo qual a Rede TV! se compremete, dentre outras coisas, a exibir, a título de contrapropaganda, 30 programas de direitos humanos produzidos pelas organizações autoras, que irão ao ar entre os dias 05 de dezembro a 13 de janeiro de 2006, das 17h às 18h, em rede nacional, sem intervalos comerciais. Esta é a razão deste comunicado. É um convite para que a sua entidade participe desta ocupação conosco, para mostrarmos ao telespectador brasileiro que é possível fazer programas de TV de qualidade, sem baixaria, e que reflitam a diversidade e a pluralidade do Brasil.

Se você ou sua organização tem documentários, entrevistas, debates ou qualquer outra produção para TV que aborde a temática dos direitos humanos, entre em contato conosco. Vamos construir o "Direitos de Resposta" a partir de programas audiovisuais já produzidos pela sociedade, que tratem de temas de direitos humanos tais como diversidade cultural, reforma agrária, trabalho escravo, igualdade racial, de gênero e orientação sexual, exclusão social, violência, criança e adolescente, educação, saúde, democracia, entre outros. Como vamos ao ar a partir do dia 5 de dezembro, o prazo para o recebimento destes materiais é o dia 28 de novembro (segunda-feira). O material recebido será selecionado por um comitê formado pelo Ministério Público e pelas entidades que assinaram a ação civil pública que resultou no direito de resposta.

A qualidade das produções, principalmente de som e imagem, será um dos critérios de seleção. Junto com as fitas, é necessário que sejam enviadas as seguintes informações de cada programa:
Título - Sinopse básica - Formato suporte - Duração (no caso de programas mais longos, é fundamental que o trecho selecionado seja indicado com o respectivo time code, duração do bloco e duração total do programa) - Ano da produção - Realizadores. Também é IMPRESCINDÍVEL o envio de DUAS VIAS do termo de cessão de direitos autorais assinado por um representante da entidade ou do produtor independente. Não haverá nenhuma forma de remuneração por essas produções. Todas serão utilizadas exclusivamente pelo "Direitos de Resposta". Os vídeos devem ser enviados nos formatos BetaCAM, DVCAM ou Mini DV (fitas VHS não serão consideradas em função da baixa qualidade para reprodução) para o endereço:

Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
Rua Rego Freitas, 454, 8º andar
CEP 01220-010, Vila Buarque - São Paulo, SP
As entidades ou produtores que solicitarem o material de volta terão suas produções devolvidas até o dia 31 de janeiro de 2006. Qualquer dúvida, escrevam ou liguem pra gente:
direitosderesposta@intervozes.org.br
Marcio Kameoka (11) 9605-6391
Wellington Costa (11) 8224-4290
Marcelo Dayrell (11) 8326-3040
Marcelo Gil ou Eder (11) 6831-1641
Fernando Quaresma (11) 9264-7215 "

terça-feira, novembro 08, 2005

Justiça suspende programa de João Kleber por homofobia

Ultimamente tenho andado incapaz de escrever algo interessante, então vou postar algumas notícias, como essa muito boa, por Letícia Gimenez :
"O procurador regional dos Direitos do Cidadão do MPF (Ministério Público Federal), Sergio Gardenghi Suiama, e a procuradora substituta, Adriana da Silva Fernandes, obtiveram na justiça nesta segunda-feira liminar que suspende a apresentação do programa "Tarde quente", do humorista João Kleber, por divulgação de homofobia. A ação apresentada pelo MPF e seis ONGs ligadas à defesa dos direitos dos homossexuais e dos direitos humanos pede, no mérito, a cassação da concessão RedeTV!. Como direito de resposta, a liminar também concedeu, aos ofendidos, exibição de programas sobre Direitos Humanos e contra a discriminação por orientação sexual, no mesmo horário do programa alvo da ação. De acordo com o pedido, os custos referentes à transmissão dos novos programas devem ser arcados pela própria emissora.
(...) Segundo a ação, durante o tempo em que monitorou o programa, o MPF compilou algumas das chamadas das pegadinhas que ofenderam cidadãos. Entre as chamadas publicadas na ação: "Bicha atrevida faz pedestre se passar por gay e apanha"; "Bichas fazem festa no banheiro, irritam as pessoas e apanham"; "Acha que vai ser servido por gostosa mas é travesti"; "Ator insiste que pedestre é gay e acaba apanhando", "Repórter faz pedestre passar por marido de travesti e apanha". Para o MPF, o programa prega a homofobia ao legitimar com as pegadinhas "a violência social contra homossexuais, na medida em que a ´bicha´ encenada termina sempre punida com os socos e chutes dos passantes". "
Desgraçados, tinham que ter o direito de aparecer e falar qualquer coisa na televisão extinto.
.
Show do Poena dia 14/11 na Zoona Z no Festival Cult22.

terça-feira, outubro 25, 2005

Descriminalização do aborto começa a ser discutida na Câmara (Informe das Jornadas)

" A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), da Câmara dos Deputados, iniciou nesta quarta-feira, 19 de outubro, a discussão sobre projeto de lei 1135/91, que propõe a descriminalização e a legalização do aborto no Brasil, cujo relatório favorável foi elaborado pela deputada Jandira Feghalli (PCdoB - RJ). O relatório foi lido pela parlamentar mas não chegou a ser votado. Antes da votação, a CSSF decidiu realizar uma audiência pública para aprofundar o debate sobre a questão.
O presidente da Comissão, deputado Benedito Dias (PP-AP), informou que logo após a audiência irá marcar a data para a votação da matéria.A leitura do relatório foi precedida de um embate. Parlamentares que se posicionam contrários à descriminalização do aborto tentaram retirar o assunto da pauta. Eles alegaram a atual crise política e as discussões sobre o plebiscito do desarmamento para o adiamento. No entanto, a maioria dos parlamentares presentes votou contrária ao requerimento de retirada de pauta, optando por dar início à discussão sobre o aborto na CSSF, por se tratar de matéria relevante para a população. "Há quase 15 anos essa matéria tramita nesta Casa. Não é justo com a sociedade brasileira adiar ainda mais esse debate", destacou a deputada Jandira Feghalli.
O projeto de lei reúne propostas apresentadas desde 1991 que não chegaram a ser apreciadas pelo Legislativo. Em seu relatório, a deputada Jandira Feghalli incorporou os princípios do anteprojeto de lei elaborado no primeiro semestre deste ano pela Comissão Tripartite criada para revisar a legislação punitiva sobre aborto no Brasil. Essa comissão foi coordenada pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República e recomenda a supressão dos artigos que se referem ao aborto do Código Penal Brasileiro, além de estabelecer prazos e determinar o atendimento da mulher pela rede pública e privada de Saúde.
Contatos para mais informações:
  • Gilberta Soares - psicólogaSecretária Executiva das JornadasCunhã Coletivo Feminista (João Pessoa/PB)Tels: 83-3241 6595; 3241 5916Cel: 83-9988 1456Emails: cunha.cf@uol.com.br Abordagem: saúde pública; direito de escolha e maternidade voluntária
  • Fátima Oliveira - médica e escritoraSecretária Executiva da Rede Feminista de Saúdehttp://www.redesaude.org.br/Tel: 31-3213 9097Cel: 31-9227 3622Email: fatimao@medicina.ufmg.br Abordagem: aborto e bioética; saúde pública; aspecto filosófico e moral; questão racial; abortono Congresso Nacional
  • Luciana Lima - assessora de imprensadas Jornadas em BrasíliaTel: 61-8162 0360Email: jornadas.luciana@gmail.com "

E agora, galera? Será que vai?

sexta-feira, outubro 14, 2005

Mais sobre o tal do Referendo...

Recebi um e-mail interessante sobre o Referendo do desarmamento:
*
"MUDEI DE IDÉIAAGORA MEU VOTO É SIM!!!
Antes, eu tinha certeza de que ia votar no NÃO e ninguém ia me convencer do contrário. Mas o tempo foi passando, entrei nas comunidades do SIM e do NÃO no orkut, ouvi propagandas no rádio e na TV e os argumentos do SIM me convenceram. Vou votar SIM. Sabe por que? Vou dar 20 motivos:
1. Descobri que é a arma legal que alimenta os bandidos. Todas aquelas AR-15, AK-47, granadas e bazucas que os traficantes do Rio usam foram roubadas de cidadãos honestos que compraram as armas legalmente. Da minha casa mesmo, por exemplo. Ano passado me roubaram quatro mísseis stinger.
2. Descobri que todos os pais que têm armas de fogo costumam deixá-las carregadas e engatilhadas em cima do sofá da sala. Por isso que 94 milhões de crianças brasileiras morrem brincando com armas de fogo todos os anos.
3. Descobri que quem mora em fazendas, isolado de todos, no meio do mato, não precisa de armas. No meio da natureza rola uma 'vibe' muito forte, as energias positivas das árvores e das flores protegem eles.
4. Descobri que os 570 milhões de reais investidos para realizar o referendo foram muito bem empregados. Afinal, porque que a gente vai gastar com segurança, quando se pode gastar num referendo? E dizendo SIM eles, nossos governantes, vão ver o quanto a gente adorou ter esse privilégio de exercer nosso direito como cidadão de decidir os rumos do nosso Brasil!
5. Descobri que se o NAO ganhar, as armas de fogo vão imediatamente ficar 90% mais baratas e vai acabar a burocracia para a compra de uma. No dia seguinte à vitória do NÃO, qualquer pessoa (bandido ou não) vai poder ir numa loja de armas, comprar um 44 e oito caixas de munição, já vai sair armado e vai para o bar mais próximo para arrumar briga e me matar.
6. Descobri que delegados e policiais civis militares e federais - que são em quase totalidade favoráveis ao NAO - não entendem N-A-D-A de violência e criminalidade. Quem manja mesmo do assunto são atores, sociólogos e dirigentes de ONGs internacionais.
7. Descobri que todos os assaltantes de casa têm superpoderes. Eles atravessam portas e paredes e se materializam imediatamente na sua frente e apontam uma arma para a sua cabeça enquanto você ainda está deitado, tornando impossível qualquer reação. Eles não perdem tempo e não fazem barulho arrombando portas.
8. Descobri que se eu vir ou ouvir algum bandido pulando a cerca e entrando no meu quintal, eu não vou conseguir afugentá-lo com um tiro para cima ou para o chão. Se ele ouvir o tiro, aí sim, é que ele vai ficar excitado e vai querer de toda forma entrar em casa e trocar tiros comigos. Eles adoram fazer isso.
9. Descobri que estrangeiros que lideram ONGs como a Viva-Rio têm muita experiência no assunto. Afinal, todo mundo sabe que a situação social, econômica e de criminalidade da França, Inglaterra e Estados Unidos (que é de onde eles vêm) é IGUALZINHA à realidade do Brasil. Não tenho a menor dúvida de que todas as teorias deles vão funcionar direitinho aqui.
10. Descobri que o governo quer que a gente vote SIM. E o governo sempre pensa no nosso bem. Afinal, todo mundo sabe que a qualidade da saúde pública, ensino público, segurança pública, e etc vem melhorando cada vez mais, dia a dia.
11. Descobri que todos os cidadãos de bem assim que acabarem suas munições vão manter suas armas eternamente sem munição, até se deteriorarem, ninguém vai buscar bala no mercado negro (até porque a violência vai diminuir um bocado), e assim não corre o risco do mercado negro se fortalecer.
12. Descobri que se o SIM ganhar, não vão mais acontecer mortes banais. Maridos ciumentos só vão agredir as mulheres com travesseiros, torcidas organizadas vão se dar as mãos, facas e canivetes vão perder o fio, tijolos e paus vão ficar macios e os pitboys vão todos se converter ao budismo.
13. Descobri que essa história dos crimes por armas de fogo ter aumentado 500% na Inglaterra nos 6 anos após o desarmamento por lá foi uma coisa super normal, afinal, a população tá se expandindo, né? É natural que haja um aumento.
14. Descobri que o jovem é a principal vítima da arma de fogo. Claro que isso não tem nada a ver com o fato de o jovem ser o maior usuário de drogas, e nem o fato de que quase 100% dos envolvidos no tráfico de drogas têm menos de 30 anos (porque morrem ou são presos antes). Isso é só coincidência.
15. Descobri que no Texas - onde há quase uma arma por habitante - reduziu para quase a metade o índice de crimes violentos nos últimos dez anos. Mas isso é porque nesses dez anos, o pessoal parou de comer carne vermelha e começou a ouvir mais Bob Marley.
16. Descobri que todo mundo que tem arma de fogo é um suicída em potencial. E a única causa do suicídio é a arma de fogo, e não a falta de perspectivas, falta de um ideal, falta de um sonho a buscar ou então distúrbios psíquicos como a depressão.
17. Descobri que se algum bandido invadir a minha casa, basta eu ligar para o 190. A polícia sempre tem homens e viaturas sobrando e levará menos de 3 minutos para me atender.
18. Caso isso não aconteça, basta eu fazer o sinalzinho do "sou da paz" com as mãos e o ladrão vai saber que eu sou uma guria legal, e então ele vai embora em paz sem levar nada e sem violência nenhuma. Eles sempre agem assim quando descobrem que você é da paz, e não um daqueles psicopatas malvados que são a favor do NÃO.
19. Caso o ladrão seja muito, mas muito malvadão, eu só preciso gritar por socorro. Em cinco segundos vão aparecer a Fernanda Montenegro, a Maitê Proença e o Felipe Dylon para me salvar e prender o bandido. Sem usar armas. Êêêêêêêêêêê!!!
20. Se o SIM ganhar, o Brasil vai ser um país mais feliz. Que nem na novela! Obaaaaaaa!"

quinta-feira, setembro 22, 2005

Show Do Poena na Católica

Dos 26 a 30 de setembro a Universidade Católica de Brasília estará realizando a semana cultural, científica, blablabla:
"Este ano contaremos com a apresentação de 15 bandas, selecionadas por meio da Demo e do Release, dentre as 90 inscritas.
As bandas se revezarão no palco nos dias 27, 28 e 29 de setembro, com a apresentação de cinco bandas por noite.
O diferencial desta edição será a participação do público, que decidirá por meio de voto popular as 3 bandas vencedoras.
Diariamente serão distribuídas cédulas para a votação. A divulgação e premiação das bandas vencedoras acontecerá no dia 30 de setembro, no show de encerramento do evento".
Bom, eis as bandas:

27/09
18h50: Grupo Choro Moleque
19h30: Forró Lunar
20h10: Cia Artcum
20h50: Raíque Makáu e Banda
21h30: Super 7

28/09
18h00: Kaustica
18h40: Thelombra
19h20: Psicotrópico
20h00: Besouro do Rabo Branco
20h40: Tuka Vila – Lobos
29/09
18h00: Terra Média
18h40: Poena
19h20: Dynahead
20h00: Zamaster (essa banda ainda existe?)
20h40: Etno
O show acontecerá no campus de Taguatinga. A entrada é franca e seria muito legal se todos pudessem ir.

sexta-feira, julho 22, 2005

Falácia

Uma parada da qual eu discordo:
"Dinheiro não traz felicidade"

Vou dar três justificativas minhas:
1) Sem dinheiro não compro cerveja;
2) Sem dinheiro não como comidas gostosas;
3) Sem dinheiro não posso encontrar pessoas legais, principalmente as que moram longe, tipo no Park Way;

Fazendo uma enquete: o que vocês não conseguem fazer sem dinheiro? E o que conseguem?

sexta-feira, junho 17, 2005

Posso?

E se...

Andassemos tod@s do jeito que viemos ao mundo sem distinções de como cada sexo deve cuidar do próprio corpo: nunca tivéssemos cortado cabelo, nem feito a barba, nem a sobrancelha, se as mulheres nao ocultassem aqueles pelos subversivos que nascem onde não deveriam nascer. Peraí: onde não deveriam nascer? Quem disse que não deveriam nascer? Eles nascem E mesmo assim: porque eles não podem ficar lá na perna. Por que no homem é bonito e na mulher é feio? Alias, porque o homem não pode tirar pêlos da sobrancelha, como a mulher?

Ué, poder pode, mas haverá coerção. Todos olham, não precisa falar nada, mas o desconforto alheio fica gritante em seus rostos. Simplemente é desconfortante demais um pai de família um dia chegar no seu local de trabalho com um paletó e finas sobrancelhas delineadas, ou com um batom vermelhão. Engraçado é que mesmo sabendo que um tavesti é "na verdade" um homem, como ele já está usando vestido, já depilou as pernas e tudo mais, então até que é coerente e habitual esse "cara" chegar num lugar com o batom vermelho e finas sobrancelhas.

Me parece que há dois lados: o da feminilidade e o da masculinidade. Se você é homem ou mulher, não importa (na verdade importa), mas escolha um dos lados. Até o travesti escolheu - o lado dele é o da feminilidade. Mas, por favor, não fique no meio do caminho! Escolha um lado! Mulher virar homem pode, mas mulher não depilar a perna sendo mulher, não, é andrógeno!

Interessante essa palavra "andrógeno". Alguém que ainda não se decidiu? ou alguém que não quer se decidir. Posso não me decidir? Posso não querer nenhum dos pólos? Posso querer ser outra coisa, tipo Eu mesm@?

Se eu pudesse, como no início do post, não escolher, será que saberiam de que "grupo" eu sou? E se não soubessem o meu lado, será que não me tratariam como qualquer outra pessoa, como alguém chei@ de possibilidades, alguém que não se sabe como é até que se conhecessa?

Eu poderia?


terça-feira, abril 26, 2005

Direito à vida (de quem?)

Quando se fala com a boca cheia em "Direito à vida" em assuntos como a legalização do aborto, entre outros, muitas vezes não se presta atenção em vidas como essas:
Preparem seus estômagos, mentes e valores, pois esse vídeo não é nada agradável e nos faz sentir vergonha e raiva de sermos os "tais seres racionais humanos escrotos ", sempre um degrau acima do que quer que seja....
Antropocentrismo maldito!!

terça-feira, abril 12, 2005

Verdades Construídas Sem Querer (querendo) Parte II

Dois amigos conversam:
- Você sabia que Brasília tem o maior índice de câncer de pele do país?
- Aé? Não. Por quê?
- Eu acho que é por causa da atitude.
- Nada a ver, segundo o que a gente aprendeu em biologia, era pro sul ter um índice maior porque lá há mais pessoas de pele clara, ou seja, menos melanina, menos proteção.
- Pó, mas eu vi na Super Interessante!
- Ah, bom, achei que você estava me enganando.

Parece que nesse mundo ocidentalizado para saber que informação é válida ou não, só precisamos saber se sua comprovação científica foi publicada e a fonte. Informações sobre índios: se um antropólogo disser é verdade. Células tronco: é verdade se vier de pesquisa de uma universidade, dita por um biólogo, ou um médico, mas se sua vizinha bancária disse, desconfie, porque ela pode ter ouvido e distorcido.
Hahahaha, como se uma revista tipo a Superinteressante não distorcesse, nem criasse nenhuma verdade na produção do texto a publicar. Mesmo que não seja essa a intenção, às vezes dependendo da forma que a revista coloca no texto, lemos como algo comprovado e conseqüentemente temos uma nova verdade para guiar nossas vidas. Entretanto o mais interessante é quando se tem essa intenção.

Por exemplo, sai lá: “Pesquisadores de Cambridge afirmaram encontrar um hormônio a mais no cérebro de homem, que indica uma propensão à poligamia. Sendo quase nula a quantidade do mesmo hormônio na mulher. Logo isso talvez explique todo o histórico adultero dos homens.” A partir disso, Joãozinho sai tranqüilamente (sem mais culpas) traindo a esposa, enquanto ela se consola em casa: “fazer o que? se é da genética dos homens?”

Pesquisadores de Cambridge? Quais? Quantos? Quando foi feita a pesquisa? Quanto tempo durou a pesquisa? Com quem fizeram, qual o tamanho da amostra de cérebros? O que o cérebro reconhece como poligamia? Há outro lugar em que eu posso ver isso, tipo a página do Departamento de Neuroendocrinologia de Cambridge com os detalhes da pesquisa? Não. Não se desconfia daquelas informações porque saíram numa revista muito famosa, que não vai ficar mentindo à toa. E veio de Cambridge, mais confiável ainda! Não se dá atenção pra palavrinha “propensão”, que já tira a certeza. Muitos menos na conclusão que a Superinteressante dá – humilde ainda, porque usou a palavra “talvez”. Mesmo assim, já se encara como uma verdade. Não se questiona. É uma legítima DESCOBERTA. Tudo foi explicado, acabaram-se as divergências.

Entretanto...

Felizmente existem pessoas críticas como nós que não acreditamos na Superinteressante e sabemos que o fator histórico-cultural é que faz o homem... Felizmente? Mesmo questionando uma informação dita científica estou usando uma lógica científica e acadêmica para questiona-la. Se me levarem no laboratório e me informarem o tamanho da amostra, aí sim eu posso acreditar, independente das posições políticas e crenças de cada pessoa lá dentro. Só essa comprovação empírica me satisfaz?

A questão é que não importa se o IBGE ou o Stephew Hawking tenham “descoberto”, estamos falando de um ponto de vista apenas. Uma linguagem humana, mais um discurso apenas: o científico, o acadêmico e seus agregados. Uma fala cheia de palavras perigosas como “conprovou”, “descobriu”, sendo que a maioria dessas pesquisas é feita por métodos probabilísticos. Instituições das quais conhecemos bem suas histórias.
Um dia desses passei em frente ao Departamento de Física da UnB e ouvi um professor falando pra dois alunos: “[...] aí a gente pega esses dados, joga nas equações, chuta uns valores e acompanha [...]” Então é assim que explicamos o mundo? Depende dos resultados que derem dos dados que a gente jogou nas equações criadas por nós e chutamos uns valores? Simples assim? Com um selinho de “cientificamente comprovado” não apenas acreditamos, mas até questionamos dentro de um pensamento. Nossas próprias palavras de fala: uma lógica hegemônica.

Nossa verdade é quantitativa, validamos o que aparece num grande número, a representatividade é numérica. Não sabemos como ocorrem todas essas comprovações, mas confiamos e criticamos cegamente na/pela lógica científica. Será que não podemos ir mais além? Como questionar a própria necessidade de comprovação. Por que essa necessidade de tentar achar uma explicação universal para tudo? Por que achar ainda que um sistema todo hierarquizado, sistematizado com a pretensão de estar fora de nossa condição repugnantemente humana vai nos levar para UMA resposta, só porque ele se aplica em algumas coisas? Por que queremos UMA resposta? UMA, verdade? Por favor, eu quero sair dessa lógica!

terça-feira, março 29, 2005

Verdades Construídas Sem Querer (querendo) Parte I

É muito comum alguém ouvir informações do tipo: “Cinqüenta e oito por cento dos alunos de escola pública chegam à quarta série sem saber ler e escrever direito”. “Andar no ponto morto não economiza mais que andar na quinta sem acelerar”. Ou “Brasília tem um dos maiores índices de câncer de pele”. São apenas exemplos que eu ouvi. O que me chamou atenção é que duas dessas informações/afirmações eu ouvi de duas fontes diferentes.
E o que aconteceu? Eu me peguei reproduzindo essas informações para terceiros sem pensar na validade* da informação.

Percebi que é muito comum (tão comum que a gente faz sem perceber) numa conversa, trocar informações afirmativas, muitas vezes até generalizantes, quando não discriminantes e não pensar nas conseqüências da fala. Não pensar que algo que simplesmente saiu da minha boca porque alguém me contou pode influenciar a pessoa que me ouviu a se comportar segundo aquela informação. E mesmo que não influencie, por que eu estou reproduzindo isso?

Ok, me disseram que Brasília tem um dos maiores índices de câncer de pele, e daí? Como essa pessoa ficou sabendo? Alguém falou pra ela. Mas e essa outra, como ficou sabendo? outra falou, etc Quem me garante que isso é verdade? Eu simplesmente ouvi uma informação e sai transmitindo como se fosse uma verdade, que vai ser transmitida mais e mais. Não é estranho? E supondo que seja uma mentira: simplesmente porque foi reproduzida várias vezes, acaba de tornar-se uma verdade num certo meio.

Pense no quanto de informações desse tipo foram responsáveis por criar imaginários, verdades e que com o tempo vão pedindo justificações que também são criadas e reproduzidas sem parar ao longo tempo. O que acaba resultando em complexos conhecimentos sobre o mundo, até valores que com suas explicações moldam comportamentos.

Imagine alguém em 1932, no interior de Rondônia querendo enganar o amigo para ficar com mais mangas que diz: “Se você comer essa manga agora pode morrer, já que você acabou de beber leite, porque isso aconteceu com três meninos e uma mulher velha das redondezas. E olha que o médico que viu eles disse que era por causa da manga com leite, mistura que não pode”. Eis que o menino que ouviu não come a manga com medo e conta pra mãe dele, pro primo que mora no Mato Grosso, pros colegas da escola, etc. Então sua mãe vai conversar com a vizinha, que confirma a informação porque sua filha ouviu na escola. De repente em 1994, eu lá no Rio Grande do Sul simplesmente sei que não se deve comer manga com leite, nem melancia com uva.

Que mania que temos de reproduzir informações sem pensar! De construir toda hora verdades sem perceber. Às vezes nem são mentiras, mas não pensamos nisso antes de sair falando. Que mania....

* Na parte dois falarei mais sobre “validade da informação”.

terça-feira, março 08, 2005

Dia das Mulheres

Domingo eu toquei num show em comemoração ao Dia das Mulheres na Ceilândia. Fiquei sabendo depois que enquanto eu falava algo sobre o dia, um cara gritou da platéia: "Cala a boca e tira a roupa!"Que pena que eu não ouvi......
Hoje no telejornal vi algumas manifestações em torno do Brasil quanto a essa data. Em várias instituições as mulheres ganharam rosas ou bombons. Numa cidade a prefeitura montou um salão de beleza gratuito pro dia. Em outra rolou a "blitz do batom" que parou mulheres motoristas para dar informações sobre doenças sexualmente transmissíveis. Eu me pergunto o quanto que esse dia tem de eficácia para as questões relacionadas às lutas femininas e feministas.
Sei que deve estar havendo palestras interessantes como sempre há aquela galera lutando por políticas públicas por condições mais igualitárias. Mas isso parece tão pouco. Parece que o Dia da Mulher é um dia para tratar todas as mulheres com carinho e proteção, o que sinceramente para mim não muda nada daquilo que muitas querem mudar.
Sei que mesmo não evidenciando muitas vezes questões políticas, o Dia da Mulher pode ajudar a lembrar que ela não está quieta esperando as coisas acontecerem (porque se fosse assim....). Não tiro a importância da educação sobre DST, pela liberdade de escolha quanto seu corpo (no caso do salão de beleza que citei). Não vejo mal nenhum em se ganhar rosas. Mas tenho medo que essa comemoração pareça ocorrer para alguma coisa acabada e na verdade não acabou, mal começou.... Eu só estou escrevendo pra dizer que não estou satisfeita, essa é minha opinião e quero falar, já que dizem ser meu dia.
Eu não quero ganhar rosas, eu não quero que me achem bonita e gostosa, isso não é elogio pra mim. Eu não quero liquidação nas lojas de roupas femininas. Eu não quero um parabéns, quero você lute comigo porque ainda não cheguei onde queria. Quantas vezes tenho que repetir que não estou satisfeita de poder votar e poder trabalhar, mas não ser votada e se quando eu chego em casa ainda tenho que lavar suas roupas como se fosse a coisa mais natural do mundo. Não adianta nada eu ter um carro e sair pra onde quiser mas ter que dar satisfações sobre minha vida sexual. Nem todas as mulheres querem ter filhos, então comece a ver isso como opção e não como destino irrversível. Eu não quero ser lembrada só nesse dia, quero ser ouvida todos os dias, assim como eu sempre ouvi. Quero argumentar, antes que já pensem o que eu posso estar pensando. Quero lutar porque ainda há um longo caminho pela frente, o qual tod@s estamos percorrendo.
Feliz Dia das Mulheres para quem sabe o que realmente significa e gostaria de comemorar todos os dias!

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Vai se fuder, Tales Alvarenga!!!!

Enquanto eu me escabelava pensando num objeto prum ensaio sobre a crise nas representações antropológicas, tive a infelicidade de entrar em contato com a Veja dessa semana. O esquema é que rolou uma conferência na Harvard sobre Mulher e Ciência. E nisso o reitor teve a infelicidade, ignorância, azar (que inocente!) e desgraça de dizer que diferenças biológicas podem explicar por que as mulheres têm mais dificuldades com exatas que os homens.

O que aconteceu? várias professoras se retiraram do lugar e @s feministas começaram o alvoroço. Bom, o desenrolar foi que o cara se fudeu e está pedindo desculpa até hoje, dizendo que aprendeu muito com o tanto de carta (de professores da Harvard, alunos, etc) que recebeu...

Mas a facada da Veja, foi o artiguinho de merda dum tal de Tales Alvarenga criticando a atitude d@s feministas por terem reclamado, pois afinal “se um reitor comparece a um congresso e não pode dar sua opinião devido à sensibilidade das feministas, então o debate está interditado e não há mais razão para a existência da universidade”. hahahahahahahaha, se um reitor tem direito de aparecer lá falando merda, vai ter que ouvir sim. Que Universidade teria razão de existir se só o reitor falasse e todos ouvissem? Debate de uma só pessoa?

Pois é, ele acha que esse tipo de comportamento é típico dum movimento obscurantista que já deveria ter morrido já que as mulheres já conseguiram o que queriam..... Hahahaha denovo. Como que a gente vai acabar com tanto idiota, como esse cara, insistindo nesse discurso patriarcal, pseudodemocrático e ainda cientificista, recorrendo a biologia denovo!!!! Caralho, sai do Século XIX! exorcisa! pelo amor de Deus! Se quiser a gente faz um monte de cartinha pra te convencer, como rolou com o cara da Harvard! Que deveria ter acabado o que?

Portanto, tá lá a Veja publicando esse escremento de artigo, o que não deixa de ser uma representação, pois ratifica o que o reitor disse, ratifica aquele estereótipo
d@s feministas e tudo isso protegido pelo status de "escritor cult da Veja".....

É essa a representação que a gente quer?

Vai se fuder Tales Alvarenga!