quarta-feira, dezembro 28, 2005
As garotas só querem se divertir
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Hipocrisia
mas critique aquilo que eu considerar criticável, me disse o mundo.
Não acredite em tudo sem antes questionar, me disse a vida,
mas, por favor, não questione a verdade, me disse o mundo.
Reveja seus conceitos, me disse a propaganda,
os de moda e consumo, me disse o mundo.
Você é lind@ de qualquer jeito,
desde que não engorde, seja branc@ e se vista bem – para não esconder sua “beleza”, me disse o mundo.
Busque a verdade,
mas a minha verdade, me disse o mundo.
Você é um ser humano, me disse a vida,
Exceto pelo fato de ser mulher, me disse o mundo.
Respeite a diversidade, me disse a moral,
mas não tente entendê-la, me disse o mundo.
Tenha uma opinião formada, me disse alguém,
mas se não concordar com a minha, guarde ela para você, porque não quero ser convencido, me disse o mundo.
Você é livre para pensar, me disse @ filósof@,
só para pensar, me disse o mundo.
Você é livre para amar, me disse a novela,
mas apenas uma pessoa, só se for para sempre e acabar em casamento - e automaticamente em uma família. Esse amor, também, só vale se ocorrer entre pessoas de sexos diferentes que estejam dispostas a se tornar uma entidade simbiótica abençoada por Deus.
Você é mulher, me disse a vida,
então você é mãe, me disse o mundo.
Lute pelos seus direitos, me disse @s esperanços@s,
mas deixe que minha religião legisle e aprove suas atitudes, me disse o mundo.
Ame a vida, me disseram @s “bo@s”,
a sua, a de seus próximos, as dos fetos de todas as mulheres que tiveram de abortá-los e de ninguém mais, me disse o mundo.
Mude!
os móveis de lugar e a cor do seu cabelo, me disse o mundo.
Mude!
mas não subverta e não desconstrua, me disse o mundo.
Mundo! Vá tomar no cú, disse eu.
quarta-feira, novembro 23, 2005
Mais sobre aquele programa homofóbico de televisão
Após a emissora descumprir a determinação judicial que ordenava a exibição de programas de direitos humanos no mesmo espaço ocupado pelo apresentador, a Justiça ordenou a interrupção do sinal da emissora, pelo prazo de 48 horas. A medida foi cumprida na noite do dia 14 de novembro. No dia seguinte, a emissora se dispôs a negociar com os Autores da ação para conseguir o retorno das suas transmissões.
Se você ou sua organização tem documentários, entrevistas, debates ou qualquer outra produção para TV que aborde a temática dos direitos humanos, entre em contato conosco. Vamos construir o "Direitos de Resposta" a partir de programas audiovisuais já produzidos pela sociedade, que tratem de temas de direitos humanos tais como diversidade cultural, reforma agrária, trabalho escravo, igualdade racial, de gênero e orientação sexual, exclusão social, violência, criança e adolescente, educação, saúde, democracia, entre outros. Como vamos ao ar a partir do dia 5 de dezembro, o prazo para o recebimento destes materiais é o dia 28 de novembro (segunda-feira). O material recebido será selecionado por um comitê formado pelo Ministério Público e pelas entidades que assinaram a ação civil pública que resultou no direito de resposta.
A qualidade das produções, principalmente de som e imagem, será um dos critérios de seleção. Junto com as fitas, é necessário que sejam enviadas as seguintes informações de cada programa:
Título - Sinopse básica - Formato suporte - Duração (no caso de programas mais longos, é fundamental que o trecho selecionado seja indicado com o respectivo time code, duração do bloco e duração total do programa) - Ano da produção - Realizadores. Também é IMPRESCINDÍVEL o envio de DUAS VIAS do termo de cessão de direitos autorais assinado por um representante da entidade ou do produtor independente. Não haverá nenhuma forma de remuneração por essas produções. Todas serão utilizadas exclusivamente pelo "Direitos de Resposta". Os vídeos devem ser enviados nos formatos BetaCAM, DVCAM ou Mini DV (fitas VHS não serão consideradas em função da baixa qualidade para reprodução) para o endereço:
Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
Rua Rego Freitas, 454, 8º andar
CEP 01220-010, Vila Buarque - São Paulo, SP
direitosderesposta@intervozes.org.br
Wellington Costa (11) 8224-4290
Marcelo Dayrell (11) 8326-3040
Marcelo Gil ou Eder (11) 6831-1641
Fernando Quaresma (11) 9264-7215 "
terça-feira, novembro 08, 2005
Justiça suspende programa de João Kleber por homofobia
terça-feira, outubro 25, 2005
Descriminalização do aborto começa a ser discutida na Câmara (Informe das Jornadas)
- Gilberta Soares - psicólogaSecretária Executiva das JornadasCunhã Coletivo Feminista (João Pessoa/PB)Tels: 83-3241 6595; 3241 5916Cel: 83-9988 1456Emails: cunha.cf@uol.com.br Abordagem: saúde pública; direito de escolha e maternidade voluntária
- Fátima Oliveira - médica e escritoraSecretária Executiva da Rede Feminista de Saúdehttp://www.redesaude.org.br/Tel: 31-3213 9097Cel: 31-9227 3622Email: fatimao@medicina.ufmg.br Abordagem: aborto e bioética; saúde pública; aspecto filosófico e moral; questão racial; abortono Congresso Nacional
- Luciana Lima - assessora de imprensadas Jornadas em BrasíliaTel: 61-8162 0360Email: jornadas.luciana@gmail.com "
E agora, galera? Será que vai?
sexta-feira, outubro 14, 2005
Mais sobre o tal do Referendo...
7. Descobri que todos os assaltantes de casa têm superpoderes. Eles atravessam portas e paredes e se materializam imediatamente na sua frente e apontam uma arma para a sua cabeça enquanto você ainda está deitado, tornando impossível qualquer reação. Eles não perdem tempo e não fazem barulho arrombando portas.
13. Descobri que essa história dos crimes por armas de fogo ter aumentado 500% na Inglaterra nos 6 anos após o desarmamento por lá foi uma coisa super normal, afinal, a população tá se expandindo, né? É natural que haja um aumento.
quinta-feira, setembro 22, 2005
Show Do Poena na Católica
Diariamente serão distribuídas cédulas para a votação. A divulgação e premiação das bandas vencedoras acontecerá no dia 30 de setembro, no show de encerramento do evento".
27/09
18h50: Grupo Choro Moleque
19h30: Forró Lunar
20h10: Cia Artcum
20h50: Raíque Makáu e Banda
21h30: Super 7
28/09
18h00: Kaustica
18h40: Thelombra
19h20: Psicotrópico
20h00: Besouro do Rabo Branco
20h40: Tuka Vila – Lobos
18h40: Poena
19h20: Dynahead
20h00: Zamaster (essa banda ainda existe?)
20h40: Etno
sexta-feira, julho 22, 2005
Falácia
"Dinheiro não traz felicidade"
Vou dar três justificativas minhas:
1) Sem dinheiro não compro cerveja;
2) Sem dinheiro não como comidas gostosas;
3) Sem dinheiro não posso encontrar pessoas legais, principalmente as que moram longe, tipo no Park Way;
Fazendo uma enquete: o que vocês não conseguem fazer sem dinheiro? E o que conseguem?
sexta-feira, junho 17, 2005
Posso?
E se... Andassemos tod@s do jeito que viemos ao mundo sem distinções de como cada sexo deve cuidar do próprio corpo: nunca tivéssemos cortado cabelo, nem feito a barba, nem a sobrancelha, se as mulheres nao ocultassem aqueles pelos subversivos que nascem onde não deveriam nascer. Peraí: onde não deveriam nascer? Quem disse que não deveriam nascer? Eles nascem E mesmo assim: porque eles não podem ficar lá na perna. Por que no homem é bonito e na mulher é feio? Alias, porque o homem não pode tirar pêlos da sobrancelha, como a mulher? Ué, poder pode, mas haverá coerção. Todos olham, não precisa falar nada, mas o desconforto alheio fica gritante em seus rostos. Simplemente é desconfortante demais um pai de família um dia chegar no seu local de trabalho com um paletó e finas sobrancelhas delineadas, ou com um batom vermelhão. Engraçado é que mesmo sabendo que um tavesti é "na verdade" um homem, como ele já está usando vestido, já depilou as pernas e tudo mais, então até que é coerente e habitual esse "cara" chegar num lugar com o batom vermelho e finas sobrancelhas. Me parece que há dois lados: o da feminilidade e o da masculinidade. Se você é homem ou mulher, não importa (na verdade importa), mas escolha um dos lados. Até o travesti escolheu - o lado dele é o da feminilidade. Mas, por favor, não fique no meio do caminho! Escolha um lado! Mulher virar homem pode, mas mulher não depilar a perna sendo mulher, não, é andrógeno! Interessante essa palavra "andrógeno". Alguém que ainda não se decidiu? ou alguém que não quer se decidir. Posso não me decidir? Posso não querer nenhum dos pólos? Posso querer ser outra coisa, tipo Eu mesm@? Se eu pudesse, como no início do post, não escolher, será que saberiam de que "grupo" eu sou? E se não soubessem o meu lado, será que não me tratariam como qualquer outra pessoa, como alguém chei@ de possibilidades, alguém que não se sabe como é até que se conhecessa? Eu poderia? |
terça-feira, abril 26, 2005
Direito à vida (de quem?)
terça-feira, abril 12, 2005
Verdades Construídas Sem Querer (querendo) Parte II
- Você sabia que Brasília tem o maior índice de câncer de pele do país?
- Aé? Não. Por quê?
- Eu acho que é por causa da atitude.
- Nada a ver, segundo o que a gente aprendeu em biologia, era pro sul ter um índice maior porque lá há mais pessoas de pele clara, ou seja, menos melanina, menos proteção.
- Pó, mas eu vi na Super Interessante!
- Ah, bom, achei que você estava me enganando.
Parece que nesse mundo ocidentalizado para saber que informação é válida ou não, só precisamos saber se sua comprovação científica foi publicada e a fonte. Informações sobre índios: se um antropólogo disser é verdade. Células tronco: é verdade se vier de pesquisa de uma universidade, dita por um biólogo, ou um médico, mas se sua vizinha bancária disse, desconfie, porque ela pode ter ouvido e distorcido.
Hahahaha, como se uma revista tipo a Superinteressante não distorcesse, nem criasse nenhuma verdade na produção do texto a publicar. Mesmo que não seja essa a intenção, às vezes dependendo da forma que a revista coloca no texto, lemos como algo comprovado e conseqüentemente temos uma nova verdade para guiar nossas vidas. Entretanto o mais interessante é quando se tem essa intenção.
Por exemplo, sai lá: “Pesquisadores de Cambridge afirmaram encontrar um hormônio a mais no cérebro de homem, que indica uma propensão à poligamia. Sendo quase nula a quantidade do mesmo hormônio na mulher. Logo isso talvez explique todo o histórico adultero dos homens.” A partir disso, Joãozinho sai tranqüilamente (sem mais culpas) traindo a esposa, enquanto ela se consola em casa: “fazer o que? se é da genética dos homens?”
Pesquisadores de Cambridge? Quais? Quantos? Quando foi feita a pesquisa? Quanto tempo durou a pesquisa? Com quem fizeram, qual o tamanho da amostra de cérebros? O que o cérebro reconhece como poligamia? Há outro lugar em que eu posso ver isso, tipo a página do Departamento de Neuroendocrinologia de Cambridge com os detalhes da pesquisa? Não. Não se desconfia daquelas informações porque saíram numa revista muito famosa, que não vai ficar mentindo à toa. E veio de Cambridge, mais confiável ainda! Não se dá atenção pra palavrinha “propensão”, que já tira a certeza. Muitos menos na conclusão que a Superinteressante dá – humilde ainda, porque usou a palavra “talvez”. Mesmo assim, já se encara como uma verdade. Não se questiona. É uma legítima DESCOBERTA. Tudo foi explicado, acabaram-se as divergências.
Entretanto...
A questão é que não importa se o IBGE ou o Stephew Hawking tenham “descoberto”, estamos falando de um ponto de vista apenas. Uma linguagem humana, mais um discurso apenas: o científico, o acadêmico e seus agregados. Uma fala cheia de palavras perigosas como “conprovou”, “descobriu”, sendo que a maioria dessas pesquisas é feita por métodos probabilísticos. Instituições das quais conhecemos bem suas histórias.
Um dia desses passei em frente ao Departamento de Física da UnB e ouvi um professor falando pra dois alunos: “[...] aí a gente pega esses dados, joga nas equações, chuta uns valores e acompanha [...]” Então é assim que explicamos o mundo? Depende dos resultados que derem dos dados que a gente jogou nas equações criadas por nós e chutamos uns valores? Simples assim? Com um selinho de “cientificamente comprovado” não apenas acreditamos, mas até questionamos dentro de um pensamento. Nossas próprias palavras de fala: uma lógica hegemônica.
Nossa verdade é quantitativa, validamos o que aparece num grande número, a representatividade é numérica. Não sabemos como ocorrem todas essas comprovações, mas confiamos e criticamos cegamente na/pela lógica científica. Será que não podemos ir mais além? Como questionar a própria necessidade de comprovação. Por que essa necessidade de tentar achar uma explicação universal para tudo? Por que achar ainda que um sistema todo hierarquizado, sistematizado com a pretensão de estar fora de nossa condição repugnantemente humana vai nos levar para UMA resposta, só porque ele se aplica em algumas coisas? Por que queremos UMA resposta? UMA, verdade? Por favor, eu quero sair dessa lógica!
terça-feira, março 29, 2005
Verdades Construídas Sem Querer (querendo) Parte I
E o que aconteceu? Eu me peguei reproduzindo essas informações para terceiros sem pensar na validade* da informação.
Percebi que é muito comum (tão comum que a gente faz sem perceber) numa conversa, trocar informações afirmativas, muitas vezes até generalizantes, quando não discriminantes e não pensar nas conseqüências da fala. Não pensar que algo que simplesmente saiu da minha boca porque alguém me contou pode influenciar a pessoa que me ouviu a se comportar segundo aquela informação. E mesmo que não influencie, por que eu estou reproduzindo isso?
Ok, me disseram que Brasília tem um dos maiores índices de câncer de pele, e daí? Como essa pessoa ficou sabendo? Alguém falou pra ela. Mas e essa outra, como ficou sabendo? outra falou, etc Quem me garante que isso é verdade? Eu simplesmente ouvi uma informação e sai transmitindo como se fosse uma verdade, que vai ser transmitida mais e mais. Não é estranho? E supondo que seja uma mentira: simplesmente porque foi reproduzida várias vezes, acaba de tornar-se uma verdade num certo meio.
Pense no quanto de informações desse tipo foram responsáveis por criar imaginários, verdades e que com o tempo vão pedindo justificações que também são criadas e reproduzidas sem parar ao longo tempo. O que acaba resultando em complexos conhecimentos sobre o mundo, até valores que com suas explicações moldam comportamentos.
Imagine alguém em 1932, no interior de Rondônia querendo enganar o amigo para ficar com mais mangas que diz: “Se você comer essa manga agora pode morrer, já que você acabou de beber leite, porque isso aconteceu com três meninos e uma mulher velha das redondezas. E olha que o médico que viu eles disse que era por causa da manga com leite, mistura que não pode”. Eis que o menino que ouviu não come a manga com medo e conta pra mãe dele, pro primo que mora no Mato Grosso, pros colegas da escola, etc. Então sua mãe vai conversar com a vizinha, que confirma a informação porque sua filha ouviu na escola. De repente em 1994, eu lá no Rio Grande do Sul simplesmente sei que não se deve comer manga com leite, nem melancia com uva.
Que mania que temos de reproduzir informações sem pensar! De construir toda hora verdades sem perceber. Às vezes nem são mentiras, mas não pensamos nisso antes de sair falando. Que mania....
* Na parte dois falarei mais sobre “validade da informação”.
terça-feira, março 08, 2005
Dia das Mulheres
quarta-feira, fevereiro 23, 2005
quarta-feira, janeiro 26, 2005
Vai se fuder, Tales Alvarenga!!!!
O que aconteceu? várias professoras se retiraram do lugar e @s feministas começaram o alvoroço. Bom, o desenrolar foi que o cara se fudeu e está pedindo desculpa até hoje, dizendo que aprendeu muito com o tanto de carta (de professores da Harvard, alunos, etc) que recebeu...
Mas a facada da Veja, foi o artiguinho de merda dum tal de Tales Alvarenga criticando a atitude d@s feministas por terem reclamado, pois afinal “se um reitor comparece a um congresso e não pode dar sua opinião devido à sensibilidade das feministas, então o debate está interditado e não há mais razão para a existência da universidade”. hahahahahahahaha, se um reitor tem direito de aparecer lá falando merda, vai ter que ouvir sim. Que Universidade teria razão de existir se só o reitor falasse e todos ouvissem? Debate de uma só pessoa?
Pois é, ele acha que esse tipo de comportamento é típico dum movimento obscurantista que já deveria ter morrido já que as mulheres já conseguiram o que queriam..... Hahahaha denovo. Como que a gente vai acabar com tanto idiota, como esse cara, insistindo nesse discurso patriarcal, pseudodemocrático e ainda cientificista, recorrendo a biologia denovo!!!! Caralho, sai do Século XIX! exorcisa! pelo amor de Deus! Se quiser a gente faz um monte de cartinha pra te convencer, como rolou com o cara da Harvard! Que deveria ter acabado o que?
Portanto, tá lá a Veja publicando esse escremento de artigo, o que não deixa de ser uma representação, pois ratifica o que o reitor disse, ratifica aquele estereótipo d@s feministas e tudo isso protegido pelo status de "escritor cult da Veja".....
É essa a representação que a gente quer?
Vai se fuder Tales Alvarenga!