terça-feira, dezembro 21, 2004

Cultura misógena e crime

Provavelmente vocês ficaram sabendo do caso da guria que foi estuprada (retaliada) e assassinada pelo caseiro e a empregada, em seguida enterrada na própria casa. Eu não assisti a nada pela televisão, mas pelo que me contaram, a empregada, que foi presa primeiramente, confessou ter planejado o crime com o caseiro, seu namorado, porque o cara era afim da vítima e a empregada meio que aceitou ele estuprar a guria, contanto que depois ambos acabassem com ela.
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Caralhoooooooooooooooooooooooooooo, que filha da putisse mais escrota!
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Primeiro tem o sexismo do cara: "ah, desgraçada, como ousa me dar um fora? Só porque você é mais rica e bonita que eu? Então vai pagar por ser mulher! Vai pagar com o corpo, que eu vou possuir na marra!" Aliás, parece que pegaram o cara ontem. Tomara que seja sodomizado na cadeia e seria massa também um tratamento como o do Laranja Mecânica, para deixar o bixo louco a ponto de cometer um suicídio altruísta (sai daqui Dürkheim).
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Entretanto o que mais me chocou foi a misoginia da empregada! Que desgraçada: se submeteu ao desejo sexista do namorado com certeza pra que o namoro não acabasse, porque ela não queria ficar para titia, pensando: "ah, quer fuder a guria? beleza! Mas eu vou ficar com ciúmes e vou ter que jogar a raiva em alguém, e vai ser nela" Com certeza ela juntou vários outros sentimentos misógenos, como inveja da vantagem que a menina tinha sobre ela no alcance ridículo e incessante dos padrões filhos da puta de beleza. Também, para ambos, a inveja das propriedades materiais, mas sobre isso não quero aprofundar agora porque precisaria de mais informações para entender. E claro, não se sabe como a guria os tratava.
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Mas caramba! disputa por beleza, disputa por um homem de merda? Dói saber como esses valores ainda estão muito presentes no nosso dia-a-dia... Foi realmente isso que moveu a criminosa a praticar um ato tão contraditório? Porque tudo que ela queria era que o seu namorado não transasse com a vítima, então ela catalizou esse sentimento de inveja com ciúmes da maneira mais hipócrita, submissa, de mais baixa auto-estima, só por um homem? Isso me deixa muito furiosa.... Eu me pergunto: o quanto vai adiantar para esses dois o tempo que ficarão na cadeia. Por acaso, a prisão vai lhes causar uma mudança nos valores, vai fazê-los pensar nessa cultura misógena e sexista de outra forma? Que raiva....
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A propósito, a prima da vítima ligou para o Nepem interessada em começar um projeto sobre educação em violência de gênero nas escolas: tomara que dê certo.

terça-feira, novembro 09, 2004

Sem Sentido Sinto

Enquanto não preparo algo original pra escrever, gostaria de divulgar (mais do que já foi) uma frase do Sartre com a qual me identifico " sou um ser que nasce sem motivo, dura por fraqueza e morre por acaso". Para ele, nascemos sem motivo por não haver uma essência que precede tal existência, ou seja, simplesmente somos lançados na vida e construiremos o que planejarmos sem depender de qualquer predeterminação. Duramos por fraqueza porque passamos a vida inteira fazendo escolhas, mas, mesmo com todos os desgostos e desamparos, não temos a coragem de escolher pelo suicídio (salvo exceções). Morreremos por acaso porque sabemos que isso vai acontecer mas não como, simplesmente acontecerá e depois de um tempo nada isso significará. Realmente eu nasci sem ter pedido e quando penso na minha vida lembro de coisas boas e ruins, mas sei que se eu quiser reintrepretar tudo, as coisas boas podem se tornar ruins, e vice-versa, como posso reinterpretar tudo como bom, ou tudo como ruim, ou seja, a minha cabeça faz o que ela quiser e os acontecimentos externos passam a não ter tanta importância como objetividades mas sim como imaginações, ainda mais quando descubro que as pessoas não estavam pensando como eu, o que acontece várias vezes como reafirmação da solidão da minha mente. Portanto, se é tudo uma questão de construção, eu não precisava ter nascido pra ficar significando, dá muito trabalho viver. Todavia, é exatamente por causa de algumas construções que não tenho a coragem de me matar. Sempre que penso na possibilidade, automaticamente vêm aquelas visões: "aih, mas como minha mãe vai ficar?" "oh não, nunca mais vou tomar sorvete e comer sushi!" "ah, queria transar com mais pessoas". Nesses momentos automaticamente vem aquela muralha de valores, tudo que gosto de fazer, coisas que tenho medo de perder, pessoas que gostaria de ver mais vezes, mil fraquezas que nos seguram para a vida, mesmo com todo o desamparo e a solidão aterrorizante de minha consciência, não tenho coragem... Insistimos em viver, em continuar amando e sofrendo, tendo prazeres alimentares à custa de outros animais e vegetais. Dá medo se matar. Morrerei por acaso. Existe grande probabilidade de ser câncer, um modo muito fácil de morrer hoje em dia, mas não sei e nem quero falar sobre isso, pois como uma humana, tenho pavor da morte. Entretanto, depois que ela chegar, com certeza nada mais vai ter sentido para mim se eu não existir, apenas para alguns que ficarem até morrerem também e para os animais que eu comeria se não tivesse morrido. Que adiantou nascer, aprender, sentir, amar, chorar, odiar, vingar, sorrir, dançar, temer, brincar, estressar, esperar, lamentar, duvidar, pra depois morrer por acaso? Será que vale a pena construir e descontruir tanta coisa, uma história inteira, sabendo que ela vai acabar? Será que não é melhor não viver a ter que viver sabendo que tudo vai acabar e não ter sentido nenhum algum dia?

quarta-feira, agosto 18, 2004

Ambigüidade

Desculpem, rolou uma ambüiguidade no último post: Existem 2 tipos de mocinhas.
1- A mocinha principal: é o personagem principal do filme, é o sujeito que representa o bem no filme.Ex.: a mulher gato; Panteras;
2- A mocinha do mocinho: é quem fica com o mocinho, ela não é o personagem principal, ele é. Ela é coadjuvante.Ex.: as namoradas do James Bond; A Catherina Zeta Jones, no Zorro;
É dessa segunda que eu estava falando, a pessoa que fica com o mocinho, não as personagens principais. Mesmo que ela esteja do lado do mal, porque se ficou com o mocinho, que é do bem, ela tem algo do bem.
Sobre o fato da mocinha como personagem principal desempenhar o mesmo papel do homem na estrutura dos filmes de ação, é outro assunto, com certeza mulher gato seja assim, infelizmente, não boto fé, mas o assunto era outro. Só esperava que esse filme tivesse trazido algo de diferente e não de INVERSO.

As mocinhas nos filmes de ação


Além de serem quase que totalmente baseados em imagem (principalmente as de efeitos especiais)e terem enredos manjados, os filmes de ação hollywoodianos quase sempre possuem essa fórmula: maniqueísmo, machismo e consumismo. Ou seja, trata-se de um duelo entre mocinhos e bandidos, em que sempre rola a "mocinha"(mesmo que ela seja do lado do mal, é mocinha)e todos estão vestidos, ou melhor munidos, daquilo que de melhor a indústria cultural pode oferecer: os celulares, carros, maquiagens, etc. Mas a questão é o papel da mocinha: a mulher normalmente é mostrada como mais frágil: fisicamente, emocionalmente (já que ser durão é ser forte emocionalmente), menos esperta, e normalmente quando ela consegue sacanear um homem é usando o que? SEXO! Por quê? Porque este é o ponto fraco dos homens, já que faz parte da sua "masculinidade" (pra não dizer natureza), por ser muitíssimo compatível com o ato sexual. E mesmo que a mocinha consiga emboscar o mocinho pelo sexo, ele acaba sendo mais esperto no final, ou porque ele é escroto mesmo (o mocinho é escroto em tudo) ou porque ele a faz se apaixonar por ele, hummmm, aí está feito, agora ela está indefesa. Acho que acabei mostrando a mocinha contra o mocinho, mas a mocinha do bem também tem um papel bem dela: a protegida. "Salvem as mulheres e crianças..." Sem falar naquela típica cena da mulher (as que não sabem lutar, que é a maioria) ficando puta com o mocinho (com certeza porque pegou ele com outra mocinha) e sai batendo com os braços neles, tipo dando vários tapas consecutivos pra cima dele, o que ele faz? Segura os braços dela com uma racional superioridade e a deixa totalmente indefesa mostrando o quanto ele é o mais forte fisicamente e pra fechar lhe dá um beijo (ainda segurando as mãos) à força, mostrando que também é mais forte emocionalmente. Que isso? um estupro? Seja o que for, é algo bem presente nos filmes de ação. Bom, espero que pelo menos na Mulher gato seja um pouco diferente, alguém já viu?

segunda-feira, agosto 16, 2004

Mais sobre "viver"

Bem, Machado de Assis tem um comentário a fazer sobre "o que estamos fazendo aqui?". Tirei o trecho a seguir do Memórias Póstumas de Brás Cubas, sobre uma viagem que ele teve com uma servente dele: "Assim, pois, o sacristão da Sé, um dia, ajudando à missa, viu entrar a dama, que devia ser sua colaboradora na vida de Dona Plácida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou, disse-lhe alguma graça, pisou-lhe o pé, ao acender os altares, nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se. Dessa conjunção de luxúrias vadias brotou Dona Plácida. É de crer que Dona Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias:- Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe responderiam: - Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia".

sexta-feira, agosto 13, 2004

"Perdão, padre, eu pequei...."

Ontem à noite eu estava pensando incomodada no ato de se confessar. Que porra é essa, como que isso ainda existe? Eu chego na Igreja e conto prum velhinho (no qual eu tenho que acreditar que naquele momento, ele não é um simples ser humano, mas um intermediário de Deus) todas as coisas que eu (ops, os outros) acredito que sejam pecados, algo que eu fiz, ou pensei e não deveria ter acontecido. Eu lembro que me confessei duas vezes, e nunca dizia tudo, mesmo porque não me lembrava, era sempre aquele negócio: "briguei com os meus irmãos, não estudei o que deveria, e nem sempre obedeci à meus pais." Como que isso vai me deixar aliviada? Nunca deixou, aliás, penso que a maioria dos católicos se sentem incomodados em se confessar, e nunca falam tudo. Mas o mais escroto é a concepção de pecado: cheio de valores conservadores, senti inveja e quis fazer sexo oral é pecado, mas comer animais e prender um cara que roubou um pão porque tinha fome não é pecado. Ah, não. Que costume ridículo esse de se confessar prum palhaço cheio de valores coercitivos, cheio de discriminações e não ter o direito de não falar pra ninguém o que não quer e ainda se sentir pecador por ter feito algo espontâneo só porque foi convencionado que aquilo é pecado.

quinta-feira, julho 29, 2004

Viver

Eu vivo e vocês vivem, já que estão lendo o blog e não estão mortos. Morto é o contrário de vivo. É? sei lah. Engraçado como o ser humano tem certeza de tudo, acham que quando morremos "vamos" para algum lugar, até descrevem os lugares possíveis. Enchem de valores: "quem fizer isso vai pro céu, quem fizer aquilo vai pro inferno". Caralho, que céu, que inferno? a galera realmente acredita que isso está além da nossa vontade, que é algo superior, extra-humano. Mas pra mim, tudo isso eh tão humano: céu e inferno, dicotomia maniqueísta obvia. Isso é muito mais vida que morte. Sobre esta, não sei o que dizer, aliás nem sei sobre a vida...O que é viver? As pessoas classificam tão convictamente o que é realidade e o que não é, mas sinceramente, eu não me sinto real, às vezes. As pessoas vivem 65 anos de idade acreditando em coisas como o bem, o mal, o certo, o errado, a engenharia civil, o sistema solar, as outras pessoas que também estão vivendo... quem me garante que elas estão, se só o que sinto é o que é passado por uma comunicação pouco eficiente. Eu não sei o que se passa na cabeça delas, só o que ouço e interpreto delas. Então,talvez viver como a gente acredita que seja: a vida acontecendo externamente e paralelamente a cada um de nós não seja real, pois eu só vivo tudo dentro da minha conscência. Sozinha. Viver é estar sozinh@ especulando sobre tudo aquilo que acho perceber. Será? Viver é uma realidade compartilhada por todos ou só coisa da minha cabeça, um sonho? Não sei...

segunda-feira, julho 19, 2004

Atração sexual: é tudo tão certo e natural o quanto parece?

Hei, você, independente da escolha sexual, dá uma olhada nessas duas figuras e pense qual mulher é mais bonita, ou mais gostosa (já que alguns preferem esse termo):


Eae? gostou mais da primeira ou da segunda? Bom, sinto informar para os homens heterossexuais que se acham normais, que fazem “o sexo certo”, e que esse é certo porque é natural, do instinto: a primeira mulher é um travesti, sim, a morena! O mais engraçado é que eu tenho certeza que quase todos vocês nem desconfiaram e estão chocados. E se alguém duvida pode vir falar comigo ou com o Pedro, que a gente mostra. O meu objetivo nisso tudo era mostrar que a tua concepção do que seja uma mulher é algo tão inventado, plástico, convencional e artificial, que até um homem consegue ficar igual! Ou seja, a imagem é o critério, e como ela é moldada te enganou. Não gostou? Então me diga se esta mulher aqui é mais atraente que o travesti:

Não é, eu sei que tu não achas, pois a terceira mulher foge dos padrões que a primeira atinge. Então não adianta ficar aih pregando o que é certo e o que é errado, pois o certo é uma mentira! Se a atração física entre homem e mulher fosse instintiva, tu não terias se atraído pelo travesti. Aliás, dá uma olhada na perna da primeira figura: é depiladinha como se fosse uma mulher, certo? Errado! Tu sabes que quase todas as mulheres se não se depilarem, naturalmente ficarão com as pernas cabeludas e “feias”! Assim como a sobrancelha, o sovaco, etc.... “ah, mas não é a mesma coisa: e o pomo de Adão, e a voz, e o peito?” Cara, eu não acho que o pomo da Adão vai atrapalhar a penetração e várias vezes nem é notado. A voz pode ser disfarçada com hormônios. E o peito? Sem comentários! Quantas mulheres têm peito pequeno? e o silicone acabou com qualquer distinção hoje em dia.
E aqueles argumentos do Século XIX do tipo “dá para sentir a diferença entre homem e mulher pelo cheiro” Só se o cheiro de homem for do Rexona men e o da mulher for cheiro do perfume Taty da Boticário.... Tá vendo, além da imagem, o cheiro é construído para diferenciar o homem e a mulher dicotomicamente. Não só isso, as roupas, a maquiagem, várias coisas.... Há essa preocupação em deixá-los bem diferentes artificialmente para que não se enganem, mas como isso é feito por artifícios, estes próprios enganam. Portanto, a atração sexual heterossexual normalmente é baseada em imagens criadas por nós seres humanos, e não pelo conteúdo. Como tu achas que atração sexual é instintiva se tu preferiste a figura 1 (que tem um pau) à figura 3 (que não tem um pau)? Como chamar de natural algo que é essencialmente artificial? E se ainda pensas que é anormal alguém se atrair por uma pessoa do mesmo sexo, ou por pés de pessoas, saiba que a tua escolha é tão anormal quanto, aliás essa palavra anormal pra mim não existe! Ou seja, espero que eu tenha ajudado @s leitor@s a se questionar, e caso não queira ultrapassar suas barreiras pessoais (e não naturais), que ao menos respeite quem teve a liberdade de fazer o que quis com a sua vida.

quarta-feira, junho 30, 2004

Problema na comunicação

Sobre a polêmica questão da legalização do aborto, nem vou entrar na discussão do sou a favor ou não, pois obviamente sou a favor e os motivos estão bem consolidados. A questao é a atitude desse grupos de "abortivas" saindo por aí com a caneta escrevendo sobre o assunto e levantando uma discussão necessária. Mas o que eu achei interessante é que quando elas escrevem qualquer coisa sobre isso, @s "pro-vida" lêem "legalização do aborto" como "hei, mulheres, vamos transar sem métodos contraceptivos e depois abortar" ou "é muito bom abortar, vamos fazer isso sempre só pq somos femnistas", que isso? parece que essa galera não entendeu onde @s abortiv@s querem chegar! el@s sempre vêm com aquela história do "pq vc não tenta previnir antes?" "há tantos métodos...blabalabl!" CARALHO! não é isso, é claro que incentivamos o uso dos métodos contraceptivos, ninguém quer abortar gratuitamente, ninguém quer colocar mais uma pessoa indesejada no mundo. Só que eles esquecem que esses métodos podem falhar e quem vai pagar por isso são os pais e a criança. Claro, que se deve prevenir, mas as mulheres de péssimas condições de vida não estão tão por dentro o quanto acreditam. A questão é: não PODENDO (e poder envolve vários fatores) previnir a gravidez, vamos dar condições para abortos legais e evitar que "as mulheres tenham que enfiar agulhas de tricot na buceta". Pois então, fico me perguntando se nós abortivas devemos ser mais explicativas, talvez o discurso esteja incompleto, e já que queremos levar a questão pra frente temos que nos preocupar com a comunicação. é de se pensar, pois há controvérsias, não? não sei, me ajudem!

quarta-feira, junho 16, 2004

SHOW

Aih, pessoas, prometo que assim que acabar esse trabalho de cão que estou fazendo, continuarei postando. Por enquanto, se alguém entrar aqui e eu ainda não tiver falado: sábado eu vou tocar no show de lançamento do cd do Lesto!, conic, bar dos encontros, às 16h. o nome da minha banda é Poena.
vai rolar tb Dor ou Revolta?, Shraddah, Teror Revolucionário e Lesto!(durl, lógico)

quinta-feira, maio 27, 2004

a força do trailer

Antes de tudo, queria desculpar pela mania de não usar acentos e letra maiúscula na internet, é uma mania que talvez dificullte a leitura.
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mas trocando de assunto, e retocando um aspecto sobre o que eu, Amanda e Pedro falávamos ontem em relação às publicidadess....
já repararam, como o trailer de um filme é muito melhor que um filme?
como os caras conseguem pegar um filme de enredo horrível e juntar com uma música que tenha a ver com o contexto e imagens fortes e chocantes para atrair o expectador? Tudo isso extremamente ligado à imagem, ao imediatismo.
Se é um filme de ação, eles colocam as imagens mais emocionantes do filme, todas cortadas, ou seja, um flash rápido e emocionante da cena com uma música de ação super envolvente! é tudo muito rápido e transtornante....
se é um filme de drama, escolhem a música mais triste do mundo e combinam com as cenas mais polêmicas e as mais dramáticas. Num trailer de drama tem que aparecer alguém chorando ou gritando de depressão, quando não, muitas vezes quebrando alguma louça. Eles criam um clima super tenso e sério, uma coisa pesada e sentimental, claro, sempre mechendo com os sentimentos e valores dos expectadores...
Aih, quando a gente vai ver o filme, é uma bosta, além de caro!
Publicidade é foda!