segunda-feira, setembro 17, 2007

Às feridas que nunca se fecham

O mais engraçado dessa reflexão é que sou uma pessoa que costuma fechar as feridas. E é justamente isso que me incomoda. Por um lado muitos diriam: que bom que você não tem feriadas abertas; é ruim guardar rancor; por que levar a dor de uma perda, uma traição, uma desavença, a vingança para sempre no seu coração? E por outro lado eu responderia, que coração existe se eu não carregar as suas feridas? Ou seria um coração situacional, aquele que responde aos anseios do momento, depois você vai lá, faz um bkup consciente e zera novamente? Isso seria bom?
Não é a mesma coisa que dizer que não tenho lembranças, não tenho sentimentos, mas parece-me cruel que o tempo cure tudo eficazmente. Parece-me cruel não se importar com algo que você tanto se importou por um tempo. Sinto-me cruel por não me importar. Sinto-me cruel por ter te perdoado, ou melhor, nunca te perdoei, apenas deixei de me importar. O ideal humano seria perdoar do fundo do peito, ou então não perdoar e arder de vingança até que esse dia chegue ou até a sua morte: mas não se importar? Que cruel!
Então eu sei que se deixei de me importar com você, se fechei a ferida, posso fechar qualquer uma. E então a vida segue como um joguinho de riscar e apagar. Cortar e costurar. Nada dura, nada fica em seu lugar. O que foi, não é mais e o que sou agora? Um momento. Sou um momento fugaz constantemente analisado por uma “consciência”. Esta, neste momento, incomodada por não encontrar feridas abertas.

Busco intensamente alguma lembrança, algum rastro de coisa ruim: só encontro um. Não sei se é uma ferida aberta, mas estranhamente esse rastro ruim me faz sentir mais humana.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Cara, como esse blog ficouhomossexual!

ahhhhhh, como outros assuntos tornaram-se doloridos...
Mas vamos lah, que ainda sai besteiras desses miolos: quem sabe uma disciplina de um post por mês pelo menos?
Não, pressas coisas eu nunca tive disciplina...



Então espero sair....