
Além de serem quase que totalmente baseados em imagem (principalmente as de efeitos especiais)e terem enredos manjados, os filmes de ação hollywoodianos quase sempre possuem essa fórmula: maniqueísmo, machismo e consumismo. Ou seja, trata-se de um duelo entre mocinhos e bandidos, em que sempre rola a "mocinha"(mesmo que ela seja do lado do mal, é mocinha)e todos estão vestidos, ou melhor munidos, daquilo que de melhor a indústria cultural pode oferecer: os celulares, carros, maquiagens, etc. Mas a questão é o papel da mocinha: a mulher normalmente é mostrada como mais frágil: fisicamente, emocionalmente (já que ser durão é ser forte emocionalmente), menos esperta, e normalmente quando ela consegue sacanear um homem é usando o que? SEXO! Por quê? Porque este é o ponto fraco dos homens, já que faz parte da sua "masculinidade" (pra não dizer natureza), por ser muitíssimo compatível com o ato sexual. E mesmo que a mocinha consiga emboscar o mocinho pelo sexo, ele acaba sendo mais esperto no final, ou porque ele é escroto mesmo (o mocinho é escroto em tudo) ou porque ele a faz se apaixonar por ele, hummmm, aí está feito, agora ela está indefesa. Acho que acabei mostrando a mocinha contra o mocinho, mas a mocinha do bem também tem um papel bem dela: a protegida. "Salvem as mulheres e crianças..." Sem falar naquela típica cena da mulher (as que não sabem lutar, que é a maioria) ficando puta com o mocinho (com certeza porque pegou ele com outra mocinha) e sai batendo com os braços neles, tipo dando vários tapas consecutivos pra cima dele, o que ele faz? Segura os braços dela com uma racional superioridade e a deixa totalmente indefesa mostrando o quanto ele é o mais forte fisicamente e pra fechar lhe dá um beijo (ainda segurando as mãos) à força, mostrando que também é mais forte emocionalmente. Que isso? um estupro? Seja o que for, é algo bem presente nos filmes de ação. Bom, espero que pelo menos na Mulher gato seja um pouco diferente, alguém já viu?
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